TECNOLOGIA DA EDUCAÇÃO

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RIO DE JANEIRO, RJ, Brazil
PEDAGOGA. GRADUADA PELA UNIABEU - ANO 2010/1.

sábado, 19 de setembro de 2009

ATIVIDADE 1: QUEM SOU COMO PROFESSOR E APRENDIZ?


Não sou professora e nunca exerci essa função, por isso vou comentar a experiência que tive no estágio.

Apesar de não poder interferir no planejamento traçado previamente pela professora, ela sempre me deixou muito a vontade para atuar junto aos alunos nas atividades e com os deveres, chamar atenção se fosse necessário, me dando "total autonomia", até mesmo para impor respeito. Ela sempre deixou claro que minha presença ali não era somente para observação ou ajudá-la, e sim porque me tornaria uma educadora e por isso merecia o respeito e a colaboração de todos.

Foi de suma importância para mim essa vivência no cotidiano em uma sala de aula, pois como disse anteriormente, venho de uma área totalmente diferente, e minha experiência no âmbito escolar sempre foi como aluna e mãe de aluna. Pude ver o outro lado. Compartilhar das dificuldades enfrentadas pelo educador na sua relação com o educando.

Tive sorte de estagiar numa escola com uma visão construtivista, que visa o aluno como um sujeito capaz de trocar experiências, aprender com a realidade do cotidiano, ou seja, construir o seu saber e desenvolver suas habilidades através do currículo oculto. Sendo sempre respeitado a capacidade de aprendizagem de cada aluno individualmente.

Esses dias foram importantíssimos para minha aprendizagem, pois até começar o estágio, sabia muita teoria aprendida na faculdade, mas que na realidade às vezes é bem diferente.

O apoio prestado pela Professora-orientadora, foi fundamental, pois tornou minha interação com os alunos muito boa, o que facilitou bastante o momento em que tive que apresentar o meu Planejamento e Aula prática exigida durante o estágio. Senti-me integrante daquele grupo e não somente uma estagiária. Pela primeira vez pude me sentir professora. Tive a oportunidade de conduzir a aula com tranquilidade, despertando o interesse, a curiosidade e a vontade de aprender e participar de todos os alunos, interagindo com eles durante o processo.

Foi extremanete gratificante ter a possibilidade de poder acompanhar, mesmo que por um pequeno período, a evolução, o desenvolvimento e o despertar do conhecimento dos alunos, principalmente daqueles que apresentam dificuldades ou que são portadores de alguma deficiência. Sem contar, o carinho, o reconhecimento e a satisfação desses alunos quando tem a atenção dos professores, quando são valorizador e principalmente quando lhes são permitidos participar, opinar, debater, ou seja, são visto de igual para igual, numa relação de profunda interação professor/aluno.


"O fato de me perceber no mundo, com o mundo e com os outros me põe numa posição em face do mundo que não é de quem nada tem a ver com ele. Afinal, minha presença no mundo não é a de quem a ele se adapta, mas a de quem nele se insere. É a posição de quem luta para não ser apenas objeto, mas sujeito também da Hístória." (Paulo Freire, Pedagogia da Autonomia, 2007, p 54).


Andréa de Melo Araujo